A história da cidade de Ouro Preto remonta ao ano de 1698 quando o
Bandeirante Antônio Dias de Oliveira chegou à região atras a
lendária Serra de Sabarabuçu (Montanha constituída toda de ouro e de
prata). Ao chegar ao morro de São João nas proximidades do pico do
Itacolomi, os bandeirantes comandados por ele e o Padre João de Faria
Fialho fundaram um pequeno arraial próximo ao local onde outrora
exploradores haviam encontrado pepitas de ouro mascaras por uma fina
camada de oxido de ferro de coloração preta. A fama do ouro preto correu
a colônia e aventureiros de todas as partes migraram para minas atrás
do metal precioso. Essa migração em massa gerou o primeiro conflito
armado da região - A Guerra dos Emboabas.
|
Praça Tiradentes - Praça central do centro histórico de Ouro Preto. |
A Guerra dos Emboabas (1707-1709) foi o conflito entre os bandeirantes
vicentinos descobridores do ouro na região que queriam ter exclusividade
na exploração do metal na região e colonos portugueses (os chamados
emboabas) vindos de todas as regiões do Brasil sonhando com riquezas.
Após 2 anos de conflito e centenas de mortos (destaque para a batalha do
capão da traição)
a coroa portuguesa criou a capitania de Minas de Ouro, liberou a
exploração do ouro para os emboabas e regulamentou a cobrança de 20% ou
1/5 em impostos sobre todo ouro achado em minas (dai surgiu a expressão
quinto dos infernos em alusão ao pagamento de 1/5 de impostos).
|
Vista panorâmica da cidade de Ouro Preto |
Dois anos após o término da guerra dos emboabas, a Coroa portuguesa
elevou o arraial criado pelo Padre João de Faria à categoria de vila com
o nome de Vila Rica. Em 1720 Vila Rica tornou-se a capital da capitania
de Minas de Ouro e cresceu num ritmo nunca antes vista na America do
sul se tornando a vila mais populosa do Brasil com mais 40 mil
habitantes que foram atraídos pelo sonho de fortuna fácil e pelas
histórias de imensas pepitas de ouro encontradas nos rios da região.
|
Rua no centro de Ouro Preto - Um museu a céu aberto |
Por volta de 1750 o precioso metal já não era encontrado com tanta
facilidade e quando a coroa portuguesa viu sua arrecadação diminuir
instituiu a cobrança da "derrama" que funcionava da seguinte forma: cada
região de exploração de ouro deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500
kg) por ano para a coroa. Quando a região não conseguia pagar o valor,
soldados da coroa invadiam nas casas das famílias da região para
retirarem pertences de valor até completar o valor da derrama.
Com o passar dos anos e as constantes pilhagens, a elite de Vila Rica
(Intelectuais, fazendeiros e donos de minas) começaram a se reunir para
discutir a Independência do Brasil. O movimento conhecido
como Inconfidência Mineira liderada pelo alferes Joaquim José da Silva
Xavier, conhecido por Tiradentes foi traída por Joaquim Silvério dos
Reis (um dos inconfidentes) que entregou seus "companheiros" em troca
do perdão de suas dívidas com a coroa. Como punição, alguns
inconfidentes foram enviados para a África, outros foram sentenciados a
prisão e Tiradentes, após assumir a liderança do movimento, foi
enforcado, teve seu corpo esquartejado e sua cabeça e membros salgados e
expostos para servir de exemplo.
|
Praça Tiradentes - o marco no centro da praça foi o local onde a cabeça de Tiradentes foi exposta. |
Durante o ciclo do ouro e a inconfidência mineira, Vila Rica passou por
um período de muita inspiração artística revelando nomes como João
Nepomuceno, Francisco Xavier Brito, Manuel da Costa Ataíde e o mais
famoso artista do barroco brasileiro
Antônio Francisco Lisboa - o Aleijadinho.
Após a independência do Brasil, a cidade de Vila Rica passou a ser
chamada de Imperial Cidade de Ouro Preto por D. Pedro I e em 1839 seu
sucessor D. Pedro II numa tentativa de alavancar novamente a região que
ainda sofria com o declínio da extração de ouro, inaugurou em Ouro Preto
a primeira Escola de Farmácia da America do Sul alem da Escola de Minas
(1876 - falaremos sobre mais no item o que visitar) e autorizou a
entrada de empresas inglesas para exploração de algumas minas da
região.
Em 1897 a capital mineira foi transferida para Belo Horizonte
contribuindo para a preservação da arquitetura colonial do local já que a
cidade não sofreu com de problemas como especulação imobiliária....
|
Edifício onde foi criada a Escola de Farmácia de Ouro Preto - Atual hotel Mondego |
Como chegar:
Ônibus - São Paulo capital tem ônibus todos os dias para Ouro
Preto saindo do terminal Tiete. O preço do trajeto pode variar entre R$
95,00 e R$ 130,00, para mais informações ou reservas
clique aqui.
Avião - Ouro Preto não possui aeroporto, quem quiser usar essa
opção terá que pegar um avião até Belo Horizonte (fica a 100 km de Ouro
Preto) e de lá pegar um ônibus ou alugar um carro para chegar na cidade.
Quem optar pelo ônibus,
clique aqui para saber os horários e empresas que realizam o trajeto.
Avião - Saindo de São Paulo, são 640 km e algumas opções de
caminho. A melhor opção na minha opinião seguir pela Rodovia Fernão Dias
(BR-381) passar Lavras e sair na MG-270/BR 383 que vai até São João Del
Rey. Em São João pegue a BR-40 (Antiga estrada Real) até Ouro Preto,
alem do caminho ser muito bonito, esse é o trecho menos engarrafado.
Quem sai do Rio de Janeiro basta pegar a BR-40 na Avenida Brasil e
seguir direto ate Ouro Preto.
|
Casarão colonial - Portas e janelas grandes e batentes em pedra. |
O que visitar:
A cidade de Ouro Preto é um museu a céu aberto. Seus casarões coloniais,
ladeiras onde muitas delas ainda preservam o chamado pavimento pé de
moleque e suas igreja barrocas transformam Ouro Preto na cidade
histórica mais bela (e segura) que visitei no Brasil.
Abaixo irei contar um pouco da história dos principais locais que
visitei na cidade. Uma boa parte desses lugares visitei com um guia que
contratamos na Praça Tiradentes por R$ 50,00 (preço para um grupo de 4
pessoas) e valeu muito a pena. Alem do Janailson (nome do nosso guia)
conhecer muto bem a história da cidade (inclusive respondendo a todas
nossas duvidas) o passeio que era para durar 4 horas durou quase o dobro
do tempo. Para os interessados em realizar um passeio guiado, segue os
contatos do Janailson: email: Janailsongomesguia@yahoo.com.br - tel: +31
8726-1176.
|
Rua colonial no centro de Ouro Preto. |
Igreja de São Francisco - Construída entre 1766 e 1810 a Igreja
de São Francisco é uma das principais Igrejas de Ouro Preto. Esse belo
exemplar da arquitetura barroca brasileira foi projetada e ornamentada
por
Aleijadinho.
Logo na fachada da Igreja temos uma imagem de Nossa Senhora da
Conceição rodeada por Anjos e um medalhão que mostra São Francisco de
Assis recebendo as chagas de Cristo. Ambas as obras foram esculpidas em
pedra sabão pelo mestre Aleijadinho.
|
Fachada da Igreja de São Francisco de Assis - Ouro Preto - MG |
|
Portal com imagem de Nossa Senhora da Conceição esculpida em pedra sabão. |
|
Detalhe do medalhão em pedra sabão mostrando São Francisco recebendo as Chagas de Cristo. Creditos da imagem. |
No interior da igreja que não pode ser fotografado, os visitantes
encontram altares finamente talhados por Aleijadinho e revestidos em
Ouro e Ouro Branco, no teto da igreja, temos talvez a mais grandiosa
obra do pintor conhecido como
mestre Ataíde que
retrata Nossa Senhora cercada Anjos músicos. A obra pintada em
perspectiva demorou aproximadamente 10 anos para ficar pronta.
O ingresso que custa R$ 8,00, da direito a visitar a capela-mor e a
sacristia da Igreja que atualmente abriga algumas obras do Aleijadinho
trazidas do
museu do Aleijadinho
(o museu esta fechado para realização de obras de restauração),
mobiliário do século XVII e obras de arte. Destaque para o lavabo da
sacristia esculpido por Aleijadinho com uma imagem feminina vendada
(mostrando que a fé é cega) cercada de anjos. No alto do lavabo um Anjo
segurando um espelho "refletindo" o rosto de São Francisco da pintura
que esta na frente do lavabo. Quem quiser ver outras imagens do interior
da Igreja
clique aqui.
Achei um blog que descreve com detalhes os elementos no teto da Igreja
de São Francisco, quem quiser conferir, as fotos e o texto
clqiue aqui.
|
Igreja de São Francisco e Pico do Itacolomi ao fundo. |
Igreja de Nossa Senhora do Carmo - Ultima obra da vida de Manoel
Francisco Lisboa (pai de Aleijadinho) a Igreja de Nossa Senhora do Carmo
foi construída entre 1766 e 1772. Frequentada pela aristocracia de Vila
Rica o interior da igreja possui dois altares feitos por Aleijadinho e
pinturas do mestre Ataíde. Curiosamente é possível identificar vários
símbolos maçônicos (possíveis financiadores da construção) no interior o
templo.
O preço para visitar a igreja e a sacristia custa R$ 2,00. Na sacristia é
exposto mobiliário do século XVIII, um curioso relógio de caravelas que
me mexem a cada segundo e na igreja alem da bela ornamentação é
possível ver belos painéis de azulejos portugueses da capela-mor, os
únicos exemplares de Minas Gerais.
|
Igreja de Nossa Senhora do Carmo - Ouro Preto - MG |
|
Ladeira "pé de moleque" que da acesso a Igreja de Nossa Senhora do Carmo |
Igreja Matriz da Nossa Senhora do Pilar- A atual igreja foi
projetada pelo Engenheiro militar Pedro Gomes Chaves Xavier foi erguida a
partir de uma antiga capela construída em 1696. Um dos mais belos
exemplos do barroco brasileiro a Igreja matriz de Ouro Preto encanta
todos os visitantes que aqui passam. Para visitar a igreja é preciso
comprar um ingresso que
custa R$ 8,00 e da acesso a igreja + sacristia + cripta onde há um museu de arte sacra.
|
Fachada da Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar. |
Projetada por Francisco Xavier de Brito o interior da igreja é
impressionante. Rodeada de imensas colunas salomônicas dão um aspecto
grandioso ao local, e "sacadas" que lembram um teatro, a capela-mor é
decorada com mais de 400 anjos finamente talhados em diversos tamanhos.
Considerada a segunda igreja mais rica do Brasil (a 1ª é a
Igreja de São Francisco no Pelourinho-Salvador),
foram usados mais de 400 kg de ouro para revestir seus altares e 400 kg
de prata usados para a confecção de lustres e objetos sacros. Como
atualmente é proibido tirar fotos no interior da igreja, achei um blog
que possui varias fotos do local, quem quiser conhecer mais essa joia
barroca
clique aqui.
|
Interior da Igreja de Nossa Senhora do Pilar |
Casa dos Contos - O casarão de 1782 foi construída para ser a
residência do contador João Rodrigues de Macedo, escritório para
assinatura de contratos e local de pesagem e arrecadação de 1/5 do ouro
encontrado nas minas da região. Como a casa era usada para atividades da
alta sociedade da Vila, algumas reuniões dos inconfidentes foram
realizadas aqui.
Devido a grande divida da família Macedo com a realeza, a casa passou
para o poder publico tornando-se sede da administração da contabilidade
pública da Capitania, casa de fundição de ouro e casa da moeda. A partir
de 1820 a casa abrigou a Secretaria da Fazenda, Correios e Caixa
Econômica até ser transformada em museu.
|
Fachada da casa dos contos - Antiga casa da moeda de Ouro Preto. |
|
Vista do pátio interno da casa dos contos. |
Alem das imponentes salas decoradas com mobiliário do século XVIII o
local apresenta um vasto acervo histórico onde se destaca uma
completíssima coleção de notas de moedas e uma biblioteca com exemplares
originais de obras como “Os Lusíadas”, “Don Quixote” e ” Cartas
Chilenas”. No subsolo da casa dos contos há uma Senzala com objetos
punitivos e usados pelos escravos como o ferro usado para marcar os
escravos que fugiam que gerou a expressão "vou ferrar você" ou/e "você
vai se ferrar". O museu casa dos contos é o único museu cuja entrada é
gratuita e permite fotos.
|
Vista da janela da casa dos contos - Destaque para o Chafariz dos contos e Igreja do Carmo. |
No largo em frente a casa dos contos é possível ver o Chafariz dos
contos. Construída com pedras extraídas do Itacolomi, a inscrição em
latim "Is quae potatum cole gens pleno ore Senatum, securi ut sitis nam
jacit ille sitis" que significa: "Povo que vais beber, louva de boca
cheia o Senado, porque tens sede e ele faz cessar a sede". Mostrando o
poder que a câmara tinha sobre o governador de Vila Rica.
Teatro Casa da Opera - O teatro Cada da Opera é o primeiro teatro
construído no Brasil e o teatro mais antigo em funcionamento no
continente. Construído entre 1746 a 1770, a fachada simplista esconde a
beleza do interior projetado para promover espetáculos aos mais ilustres
cidadãos de Vila Rica. Atualmente o teatro é aberto a visitação por um
custo de R$ 2,00, quem quiser conferir a programação do teatro
clique aqui.
|
Fachada da Casa da Opera - Primeiro teatro construído no Brasil |
|
Interior da Casa da Opera - Todo requinte para a elite de Vila Rica. Créditos wikipedia. |
Museu da Inconfidência - O atual museu da Inconfidência foi
constituído no edifício construído em 1780 a mando do governador de Vila
Rica Luís da Cunha Meneses para sediar a casa da câmara e cadeia da
cidade. O edifício construído inteiramente com mão de obra escrava e
inaugurado na ocasião do 21º aniversario de D. Pedro II levou quase 70
anos para ser concluído. O edifício abrigou a câmara municipal durante
25 anos e funcionou como cadeia até o inicio do século XX, quando passou
para as mãos da união. Em 1939 Getúlio Vargas (que estudou em Ouro
Preto) decidiu transformar a antiga câmara municipal em monumento
dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira.
|
Fachada do Museu dos Inconfidentes |
|
Fonte e placa comemorativa da inauguração da |
O Museu da Inconfidência guarda mais de 4000 peças que contam a historia
de Ouro Preto nos séculos XVIII e XIX. Com textos autoexplicativos e
alguns recursos multimídias, é possível verificar objetos de caráter
religioso e profano, objetos de uso pessoal como vestimentas, armas,
mobiliários e obras de grandes artistas do barroco mineiro dentre eles
Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), Francisco Vieira Servas,
Francisco Xavier de Brito, o Mestre Ataíde. Na época da organização do
museu, Getúlio Vargas ordenou o resgate dos despojos dos heróis da
Inconfidência Mineira sepultados na África e criou um panteão em
homenagem aos heróis da inconfidência.
O preço para visitar o museu é de R$ 8,00, mais informações sobre o
acervo ou a historia do local acesse o site oficial do museu
clicando aqui.
|
Panteão dos Inconfidentes - Museu da Inconfidência. |
|
Praça Tiradentes - Museu da Inconfidência do fundo da Praça. |
Minas de Ouro - Quando o ouro da então Vila Rica começou a se
extinguir dos rios, os exploradores passaram a cavar as montanhas da
região em busca do metal precioso. Nos arredores de Ouro Preto há
centenas de minas catalogadas onde algumas são abertas a visitação. A
que escolhi (O Janailson escolheu) para visitar foi a chamada Mina Jeje.
Construída no século XVIII esta mina foi inteiramente cavada por
escravos adultos e crianças. Quem optar por visitar essa mina caminhará
cerca de 50 mts por tuneis de diversas alturas com um guia explicando
como os escravos faziam para direcionar o túnel, como achar o ouro, etc.
Conversando com o guia e estando disposto a rastejar na mina, é
possível fazer um caminho que leva a um lago no interior da mina. Os
interessados em visitar a Mina do Jeje irão desembolsar R$ 10,00 por
pessoa.
|
Entrada da Mina do Jeje |
|
Interior da Mina do Jeje - Rocha, Ferro, Quartzo e nenhum ouro para nós. |
Museu de Minas e técnicas - O edifício que abriga o atual museu
de minas e técnicas foi construído entre 1741 e 1748 para abrigar
o Palácio dos Governadores. Com a mudança da capital mineira para Belo
Horizonte o Imperador Dom Pedro II convidou o francês Claude Henri
Gorceix para fundar a atual Escola de Minas, nos moldes da "École
Nationale Supérieure des Mines". A união entra a Escola de Minas e a
Escola de Farmácia deram origem a Universidade Federal de Ouro Preto
(UFOP).
Apesar do museu estar fechado durante minha visita a Ouro Preto, o
acervo do museu esta dividido em sete setores: Mineralogia, Metalurgia,
Desenho, História Natural, Eletrotécnica, Topografia e Astronomia. Entre
as riquezas do Museu de Ciência e Tecnologia, estão mais de 5.000
espécies catalogadas, no setor de história natural, e telescópios de
1718, no setor de Astronomia e uma vasta coleção de amostras
mineralógicas como diamante, urânio, quartzito flexível (pedra mole),
quartzo com inclusões aquosas, estalactites, belas coleções de topázio
imperial, de quartzo, de ágatas, opalas e tantos outros minerais raros.
O preço da visita é R$ 5,00, para acessar o site oficial do museu
clique aqui.
|
Escola de Minas - Museu de Minas e técnicas. |
Feira de artesanato - Em frente a Igreja de São Francisco há uma
feirinha de artesanato que vende panelas (R$ 40,00), "frigideiras" (R$
20,00) porta joias, mandalas, copos (R$ 2,50) e todos os tipos de
objetos feitos em pedra. Aqui também é possível comprar pedras não
lapidadas como esmeraldas, ametistas, água marinha, etc.
|
Artesã trabalhando em porta joias de pedra sabão. |
|
Barraquinhas na feirinha de artesanato de Ouro Preto. |
Outros passeios- Quando visitei a cidade algumas igrejas estavam
fechadas para restauração outras não deu tempo mesmo. Dentre as igrejas
que não visitei estão a Igreja Matriz N. Sra. da Conceição onde
Aleijadinho e seu pai estão enterrados (fechada para restauração), N.
Sra. das Mercês e Perdões (Mercês de Baixo - fechada para
restauração),Santa Efigênia ou de N.Sra. do Rosário do Alto da Cruz
(fechada para restauração) e N. Sra. do Rosário ( não deu tempo mesmo).
|
Igreja Matriz N. Sra. da Conceição - Local onde Aleijadinho e seu pai estão enterrados. |
|
N. Sra. do Rosário - Unica igreja de fachada circular de Ouro Preto |
Também não foi possível realizar o famoso passeio de trem entre Ouro
Preto e Mariana que custa R$ 50,00 por pessoal. Como estávamos de carro,
acabamos visitando Mariana mesmo assim.
Alem da feira de artesanato onde é possível comprar algumas pedras
semi-preciosas e estatuas em pedra sabão, há centena de lojas onde são
vendidas uma grande variedade de pedras em forma de estatuas, grutas ou
lapidadas para uso em joias.
|
Pedras lapidadas de agua amrinha - R$ 35,00 o quilate |
|
Grutas, estatuas em esmeralda e outros objetos em pedra. |
O que comer:
Baseada em produtos simples, a cozinha mineira lembra a comida da vovó
onde até a comida mais simples tem um paladar único. Alem da riqueza de
sabores e odores, alguns pratos da cozinha mineira contam um pouco da
historia do Brasil.
A simplicidade dos pratos é "culpa" da corrida pelo ouro. Durante o
ciclo do ouro ninguém queria vir para minas trabalhar no plantio e abrir
mão do garimpo logo, a oferta de alimentos na região era limitada e as
refeições eram realizadas com produtos de fácil plantio como quiabo,
feijão e mandioca ou frango que podia ser criado no quintal. Quer saber
mais sobre a história da culinária mineira
clique aqui.
Todos os pratos mostrados aqui podem ser achados na maioria dos
restaurantes de Ouro Preto, onde as opções mais baratas para uma
refeição são os restaurantes self-services onde o quilo de comida custa
em torno de R$ 30,00. Quem quiser ver um lista mais completa de
restaurantes acesse o blog
Ta indo para onde.....
Feijão Tropeiro- Esse prato é uma mistura de feijão com farinha
de mandioca, torresmo, linguiça e ovos ganhou esse nome por se a comida
que os tropeiros (Tropas organizadas para transportar o ouro encontrado
no interior de minas até o porto de Paraty) carregavam em suas viagens.
Quem quiser provar o prato num lugar mais requintado aconselho a ir no
restaurante
Casa do Ouvidor que fica na rua direita e possui uma boa carta de vinho. Neste restaurante esse prato sai por R$ 45,00.
|
Feijão Tropeiro servido em panelas de pedra |
Tutu de Feijão - Dizem que esse prato a base de feijão foi criado
nas senzalas de Ouro Preto. A palavra TUTU vem do quimbundo (língua
africana falada na Angola) quitutu que significa “papão”que significa
algo fora do comum ou sobrenatural (Daí a historia do bicho Papão). Como
a mistura do caldo de feijão, o feijão e a farinha de mandioca tinha
tinha um sabor muito apreciado pelos escravos o prato passou a ser
chamado de tutu (tão bom que parecia ser sobrenatural). Em restaurantes
mais sofisticados o prato para duas pessoas pode até custar R$ 45,00.
Frango com quiabo - A origem do prato é um pouco divergente, há
site falando que a origem do prato é africado (O quiabo foi trazido da
africa) em outro falam que o prato é indígena. A grande verdade é apesar
do quiabo ser um pouco discriminado o prato é delicioso. Na Rua São
José (rua dos banco) o restaurante Chafariz do Paço é uma boa opção para
comer com preço de R$ 45,00 por pessoa com direito a comer até
explodir.
Angu - Outro prato de origem a africana deve seu nome derivado da
palavra africana Angun que se refere a uma papa de inhame sem tempero.
No Brasil colonial a papa passou a ser feita com fubá e
receber miúdos de porco e vaca.
Queijos e doce de leite - Durante o período que passei em Minas,
todos os dias eu comia queijo e doce de leite de sobremesa. Minas Gerais
é muito famoso pelos seus queijos e o doce de leite aqui maravilhoso.
Não deixem de provar os dois....
Cachaças e bebidas - Minas Gerais também é muito conhecida por
sua cachaça. A variedade da bebida é tão grande que dificulta nossa
escolha. Uma excelente pedida é a
cachaça João Mendes
(valeu a dica Rafael Ueda) que custa em torno de R$ 35,00 a garrafa.
Outra dica de bebida em Ouro Preto são as cervejas artesanais da região.
A
Ouropretana e a
Backer são ótimas opções para os amantes da bebida.
|
Cerveja tipica de Ouro Preto. |
|
Algumas cachaças mineiras. |
Onde se hospedar:
Ouro Preto é uma cidade com boa estrutura hoteleira com opções de
conforto e preço para todos os públicos. Quando me hospedei na cidade
durante o Reveillon de 2013 fiquei na
Pousada Ouro Preto
onde o preço do quarto duplo foi de R$ 190,00 com direito a café da
manha e chá da tarde. A aproximadamente 400 mts da Praça Tiradentes o
lugar é muito limpo, tinha um ótimo café da manha e o staff da pousada
eram muitos simpáticos.
|
Entrada da Pousada Ouro Preto. |
Para viajantes que estão acostumados com hostels a melhor opção de
hospedagem é o hotel Brumas. Localizado ao lado do museu da
inconfidência o hostel oferece quartos compartilhados por R$ 35,00, mais
infos
clique aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário