Durante nossa visita ao Peru (
outras postagens do Peru), no primeiro de passeios fomos visitar algumas ruínas próximas a cidade de Cusco.
Para realizar esse passeio, contratamos um guia em Cusco que cobrou
40 dólares a Van com 10 lugares + o serviço de guia. O Jaime (guia) era
muito simpático e levou a gente nos principais
pontos turísticos (viajamos com ele 2 dias) do vale sagrado e ainda
dava ótimas dicas de compras. Quem quiser falar com esse guia fica aqui o
contato dele:
jaimefranciscopp@hotmail.com.
A primeira ruína que visitamos foi a fortaleza de Saqsayhuamán. Para
entrar em Saqsayhuamán há duas opções: pagar o ingresso único que custa
70 soles ou comprar o chamado boleto turístico que custa 130 soles. Com
validade de 10 dias, o boleto credencia o turista a visitar 13
atrações turísticas entre museus, ruínas incas e cidades no vale
sagrado.
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Boleto Turístico |
Voltando a falar sobre
Saqsayhuamán, a fortaleza fazia parte do sistema defensivo da Capital do império inca (Cusco).
Como citado no post sobre Cusco, a cidade foi projetada para formar o
corpo de um puma. Dentro deste contexto, a fortaleza de Sacsayhuamán
representava a cabeça do puma.
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Entrada de Saqsayhuamán |
Lendo alguns livros e conversando com o pessoal local, vi que há duas
explicações para o formato em zigue-zague vista em boa parte da
fortaleza. Alguns falam que esse formato representa as presas na boca do
puma, outros falam que o formato remete à serpente, outro animal da
trilogia inca. Na duvida, fica ai as duas possibilidades.... :)
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Ruínas de Saqsayhuamán |
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Vista da fortaleza de Saqsayhuamán |
A fortaleza foi destruída pelos conquistadores espanhóis e boa parte de
suas pedras foram usadas na construção de casas para os colonos. Apesar
da degradação(acredita-se 80% da fortaleza foi destruída), a fortaleza
ainda impressiona pelo seu tamanho (aproximadamente 4 mil metros
quadrados), pelo tamanho das pedras usadas em sua construção (algumas
com mais de 5 metros e 300 toneladas) e pela precisão nos encaixe entre
as pedras.
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Ruinas de Saqsayhuamán |
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Ruínas de Saqsayhuamán - pedra de 300 ton. |
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Mulher Quechua em Saqsayhuamán |
Seguindo com nosso passeio, o Jaime nos levou a uma fazenda de criação
de llamas, alpacas e vicunhas. Eu pessoalmente ainda não sei identificar
cada animal, mas sei que o preço da lã de cada um deles muda em razão
de sua qualidade. Neste local também é possível ver como são tingidas as
lãs e como as peças de vestuários são feita. Na saída do passeio há uma
loja onde é possível comprar xales, tapetes, etc...... Apesar da grande
variedade de produtos, os preços são caros!!!!!
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Fazenda de Alpacas, llamas, etc |
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Plantas usadas para colorir a lã |
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Diversidade de cores tingidas com elementos naturais |
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Mulher Quechua tecendo um xale |
Nossa próxima parada foi um mini zoo. Esse zoo é um projeto sem fins
lucrativos que recolhe animais vitimas de maus tratos ou aprendido pela
policia proveniente de contrabando que não poderiam ser reinseridos na
natureza. Destaque para o casal de puma que foram aprendidos em uma
casa noturna em Lima e para à Jaula dos Condores.
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Arara Azul |
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Casal de Pumas |
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Jaulas dos Condores |
A entrada na Jaula dos condores é emocionante. O condor é 2º maior ave
voadora do mundo e a 3º em envergadura chegando a medir 3,5 metros. Essa
envergadura permite aos condores viajarem 300 km por dia. Assim como
seus parentes próximos (abutres), este fabuloso animal que vive nos
Andes se alimenta de animais mortos e pequenos mamíferos. Quando eu
disse visita à jaula dos Condores, entenda como ENTRAR e tocar as
aves....
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Condor andino. |
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Família de Condores |
Na próxima visita, iremos à uma ruína chamada Q’enqo que significa
labirinto em Quéchua. Provavelmente esse nome é inspirado na formação
rochosa do local e pelo fato do sitio possuir 18 (ou 19 eu acho) nichos
cerimoniais. Este local servia para cultos religioso, sacrifício de
animais (ao contrário dos astecas e maias, o incas não sacrificavam
humanos) e mumificação de reis e sábios. Destaque para a parte superior
da estrutura central (local fechado para visitação) onde há duas
“canaletas” em forma de serpente onde o sangue do animal sacrificado era
jogado pelo sacerdote. Caso o sangue seguisse o caminho da esquerda os
incas acreditavam que teriam um ano ruim pela frente, já o lado direito
significava prosperidade para o povo. Mais informações sobre Q'enqo e
sobre os nichos
clique aqui.
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Local de sacrifícios - Q'enqo |
Em baixo da estrutura citada acima, há uma pedra no qual acredita-se que
os incas mumificavam seu povo. O engraçado é que essa pedra é fria,
ISSO, ela é muito mais fria que as outras pedras e que o ambiente.
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Pedra gelada em Q'enqo
Neste local também é possível acessar os subterrâneos da região. A
cidade de Cusco e os principais sítios ao redor da cidade estão ligados
por quilômetros de tuneis subterrâneos. A quantidade de tuneis é tão
grande que as autoridades não tem ideia do tamanho dos tuneis nem a
quantidade de tuneis existente. Antigamente esses túneis eram abertos,
mas uma vez três crianças quéchuas entraram nos túneis para brincar e
desapareceram. Após alguns dias somente uma das crianças voltou e trouxe
com ela uma espiga de milho de ouro que achou nos tuneis. Ate hoje as
outras duas crianças não foram achadas. Após esse episodio os tuneis
foram fechados pela prefeitura e a espiga de milho encontrada pelo
sobrevivente esta em exposição no museu Inka.
Entramos em um túnel de alguns metros (só descobrimos o tamanho
do túnel após sair). Devido ao tamanho do túnel, a total ausência de
luz somada a incerteza do tamanho do túnel, todos nós tivemos sensações
estranhas.
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Subterrâneos sob cusco |
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Próximo à Q’enqo temos o sitio chamado de Pukapukara. Esse nome
significa forte vermelho, e o local era onde os jovens se tornavam
homens. Neste complexo os jovens passavam um período à pão e água
passando por avaliações física. Após esses testes, o jovem era
considerado um homem. Devido à falta de tempo não entramos nas ruínas.
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Pukapukara |
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O ultimo local que irei mostrar nesta postagem é Tambomachay. Conhecida
também como Baños del Inca, o local possui um complexo sistema de
arquetudos, canais e cascatas. No local mostrado na foto abaixo eram
colocadas múmias incas onde segundo a cultura local, quando o Inca
precisava tomar alguma decisão importante ele "consultava" à sabedoria
dessas múmias. Outro fato curioso neste local, é a fonte na parte mais
baixa da estrutura Nesta fonte, a partir de uma cascata principal, os
incas criaram duas cascatas secundárias onde ambas tem exatamente a
mesma vazão de água.
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Templo de Tambomachay |
Diz a lenda que quem beber a água dessa fonte pode fazer um pedido aos deuses.
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Chegada a Tambomachay - só um pouco alto |
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